A Squadra Azzurra não começou da forma que queria a Eliminatória da UEFA para a Copa do Mundo. O empate diante da Bulgária, mesmo fora de casa, foi considerado modesto pelos torcedores italianos. Porém esta foi só a 1ª rodada e os comandados de Cesari Prandelli sabem que uma boa vitória diante da Seleção da Ilha de Malta fará com que o torcedor se sinta satisfeito com a Seleção.
Para esse jogo, a poderosa Seleção italiana, vencedora de 4 títulos da Copa do Mundo e uma Eurocopa, deverá contar com um time diferente do que iniciou a partida diante da Bulgária, embora não hajam jogadores expulsos ou machucados. O técnico Cesari Prandelli fez as 3 substituições que poderia em Sófia, sendo que as três foram trocando apenas o jogador (Ogbonna por Peluso, Giaccherini por Diamanti e Giovinco por Destro), permanecendo o esquema tático (4-3-3). Com estas alterações, dá a entender que Prandelli irá modificar o esquema de jogo italiano, em busca de uma seleção com maior aproveitamento pelas laterais do campo, mas sem perder a qualidade pelo meio.
Do outro lado tem a fraquíssima Seleção da Ilha de Malta, uma ilha ao Sul da Itália, de apenas 420 mil habitantes aproximadamente, local onde reza a lenda, surgiu a humanidade. Porém, no futebol, o país tem pouquíssima tradição. Fato que é estranho, até porque o país foi colonizado por ingleses (país onde começou o esporte), e a MFA (Malta Football Association) surgiu no ano de 1900, sendo uma das mais antigas federações de futebol do mundo.
O que parece ter sido fundamental para Malta não ter se destacado neste esporte, foi o desinteresse em expandir o futebol maltês para fora do país até a Década de 50. Foi em 1957 que a Seleção de Malta jogou uma partida contra outra nação, em uma derrota para a Áustria por 3x2, em partida realizada no Estádio Império.
De lá pra cá, Malta filiou-se à FIFA em 1959 e à UEFA em 1960. Os grandes momentos da Seleção são dados por uma vitória contra a Grécia e outra contra a Estônia, ambas ocorridas da Década de 90 pra frente. Outro episódio lendário na História do futebol maltês foi quando o húngaro Janos Bedl assumiu o comando do Sliema (clube maltês), e após boas campanhas foi convidado para dirigir a Seleção de Malta. Janos aceitou o convite de comandar a Seleção que não vencia há 6 anos (em 7 jogos disputados), e disputou 2 amistosos, ambos contra a Líbia, e venceu os 2, ambos com placar de 1x0. Após estas 2 partidas, Janos abandonou o comando da Seleção maltesa para ser técnico de um clube estrangeiro.
Já pelo lado negativo, Malta teve inúmeros desastres (em placares) dentro de campo. Nas campanhas das Eliminatórias para as Copas de 1974, 1978, 1982 e 2010, os Guerreiros de São João (apelido carinhosamente dado aos jogadores) não conseguiram pontuar, sendo que em 1978 e 2010 a Seleção não conseguiu fazer um gol sequer. Além disso, Malta obtia o recorde de maior goleada sofrida, após ser massacrada pela Espanha por 12x1, mas este recorde foi quebrado pela goleada da Alemanha sobre San Marino em 2006, em partida que terminou 13x0 para os alemães. Por fatos como este, Malta é considerado na Europa um dos países com pior futebol.
Para se ter uma ideia da facilidade que os italianos deverão ter amanhã, o jogador nigeriano naturalizado maltês Udochukwu Nwoko jogou há alguns anos pelo Clube Náutico Capibaribe, o Náutico, clube do Recife. No clube, Nwoko ficou cerca de uma temporada, e não chegou a ser relacionado para nenhuma partida do alvi-rubro, fazendo com que este voltasse ao futebol maltês.
FICHA TÉCNICA:
ITÁLIA (provável escalação): Buffon; Ogbonna, Barzagli e Cssani; Maggio, De Rossi, Pirlo, Marchisio e Bonucci; Diamanti e Osvaldo. T= Cesari Prandelli
MALTA: Hogg; Schembri, Muscat, Sciberras e Dimech; Agius, Borg, Briffa e Cohen; Bogdanovic e Mifsud. T= Pietro Ghedin
LOCAL: Stadio Alberto Braglia, em Modena
HORA LOCAL: 20h45
ARBITRAGEM: Antti Munukka (Finlândia)
Matti Heininen (Finlândia)
Jan-Peter Aravirta (Finlândia)
Dennis Antamo (Finlândia)
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